terça-feira, 3 de março de 2015

Torneio Páscoa do Caos (parte 1)

Os orques nunca foram um exército onde a vitória se desse por certa. Geralmente gosto de os fazer ganhar. Além da sua instabilidade, também não é o tipo de aliados que qualquer um aceite de ânimo leve. Apesar disso, quando os aliados são compreensivos e os orques estão dispostos a isso, a vitória faz parte das coisas que animam um jogo. Enfim.
Enquanto se fazia o deployment tive de estar a ajudar um colega a fazer o seu deployment com um exército que lhe emprestara. Foi sem dúvida o jogo mais demorado do torneio, até porque o High Dwarf tinha de estar sempre em todo o lado a esclarecer regras àqueles que jogavam com império pela primeira vez.

Ao contrário da maior parte das equipas colocamos o exército como uma equipa, ou seja, as unidades estavam misturadas, em vez de ser caos de um lado e orcs de outro.

O terreno não ajudou lá muito, uma vez que tínhamos duas florestas enormes a esbarrar-nos o caminho e dois montes de cada lado, daqueles muito bonitos, excelentes para tirar fotos, mas que para jogar... enfim, estorvaram muito.

Do lado esquerdo tinhamos um regimento (não, correcção) uma gloriosa matilha de warhounds (ou mastins). Uns dez, se a memória não me falha. Ao lado seis wolf riders com lança, a proteger um regimento de quinze fanáticos e devotos orques selvagens, guardados por um orque escuro que carregava o estandarte de batalha.

No lado oposto haviam um canhão, dez milícias a carregar bestas, um bruto regimento de espadeiros soberanos (great swords) e ainda um destacamento de dez milícias com uma arma em cada uma das duas mãos (infelizmente não haviam manetas...). Para estragar este prometedor cenário, a chulice de uma hellblaster, que pelos vistos estava cheia de runas anãs porque teve uma sorte desgraçada...

Do outro lado da floresta estavam dois regimentos de dez espingardeiros com uma outra hellblaster e um regimento de vinte e cinco espadeiros. Do outro lado, um feiticeiro orc, um regimento de vinte (aproximadamente, porque no caos não há número, só massa) guerreiros do caos, escolhidos pelos deuses, couraçados com couraças de bronzes e ferros forjados por seitas secretas, lavadas com sangue dos mais altos feiticeiros elfos, capturados em grandes batalhas antigas.

Os guerreiros, no meio de garras temíveis e braços prolongados em forma de espigões, poderiam-se considerar armados com duas armas de mão. Nesse regimento via-se apenas negrume e tons violeta e púrpura. Toda a sua fronte se reduzia a luzes mágicas e ventos sobrenaturais. As árvores agitavam-se e os ramos quebravam-se à medida que eles avançavam sob a floresta.

Havia ainda dois venerandos heróis naquele regimento, empunhando espadas berseker, relíquias do passado, capazes de destruir meio regimento de uma só vez, tal era a força e velocidade que conferia ao seu portador.

Do lado esquerdo, faltou mencionar, um regimento de quarenta goblins das cavernas, ou goblins nocturnos, como são conhecidos. Este não era menor do que o que se estendia do lado direito, apoiado por um regimento de goblins montadores de lobos, com lanças aguçadas e escudos dos mais diversos materiais.

Ainda atrás destes, um feiticeiro goblin das mesmas origens, a meditar sobre os cogumelos que escolhera para aquela viagem e sobre a disposição do seu deus.

Do outro lado, o que restava àquele triste exército de aliados imperiais: um canhão (dos grandes) e um morteiro.

Falta referir um regimento de harpias, demónios voadores que chegaram já os exércitos tinha começado a marchar.

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