terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Artigos - Peças de Terreno - As Árvores (parte 2)

Cortam-se três ou quatro pedaços de arame de comprimento variável (no caso foram três troços com 13 cm), entrelaçando-se até uma altura considerada suficiente, tendo em atenção o suporte (raízes) e o que constituirá o suporte da copa (ramos).







Após isto, entortamos os arames superiores, dando a forma ao esqueleto. 
De notar que há casos (como este) em que não iremos ver os ramos, mas tão somente a copa.








Seguidamente, procedemos à colagem (com super cola) do esqueleto na base (cartão ou acrílico), após o que colamos (com super cola) a esponja que dará a forma à copa. 
Esta é uma das operações mais interessantes.









Neste ponto, temos de proceder a uma pequena rectificação: o acerto de cores; pois a esponja é muito clara. Com spray preto ou, na falta deste com uma aguada de preto, tinge-se a esponja.












Após a definição e pintura da copa, vamos dar forma ao tronco com a pasta de reparações (de notar que este poderá ser alterado posteriormente).











Pode-se dar como concluída a fase inicial. Segue-se o arredondamento da copa: com a colagem (com UHU ou cola líquida espalhada com um pincel) de tiras e pedaços do esfregão abrasivo vamos dar a forma final à copa: temos definida a árvore.

Chamo a atenção para o seguinte: a UHU deixa fios, a cola líquida tem um período de secagem bastante demorado. Como ainda não vi nenhuma árvore que fosse perfeitamente simétrica, sou contra a simetria das copas das árvores (para isso, compram-se já feitas).



Chegámos ao ponto em que procedemos ao embelezamento da copa, pincelando com cola líquida e deixando cair os pequenos flocos das maquetas.

No caso presente, o material cénico era muito claro, o que implicou uma posterior correcção de tom, polvilhando com outro mais escuro, tendo sido aplicada cola novamente onde se considerou necessário. 







Chegou a altura de se proceder à rectificação do tronco e preenchimento da base com a massa de reparações. 













Após estar concluído, basta esperar que seque para passarmos à fase de pintura. Esta, por se aproximar o final do trabalho, é das mais agradáveis: neste caso vamos somente pintar o tronco pois em relação às folhas já se conseguiu obter um tom que agrada graças aos materiais usados (a pintura de folhas fica para outro dia). 

A pintura de um tronco: já alguém viu um tronco castanho? Só de sobreiros após ter sido colhida a cortiça. De resto, os troncos têm um tom cinzento escuro, ou preto com laivos acastanhados, ou verde cinza; tudo depende da espécie. 


Com base nestes pressupostos, procede-se então à pintura do tronco e terreno da base.

E temos a nossa árvore. Faço notar que, devido ao tempo de secagem das colas, pasta e tintas, o tempo que se gasta a fazer uma é igual ao que se demora a fazer quatro.

Nuno Serra

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